Depois de muita polêmica e discussões, às 14h de quinta-feira, será firmando oficialmente o convênio que define a gestão do hospital regional. No Palácio Piratini, em Porto Alegre, será assinado o contrato entre a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), o governo do Estado e a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) para a gestão do hospital regional.
Dessa maneira, o regional vai funcionar no modelo proposto pelo atual governo e será uma extensão do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm).
A secretaria estadual de Saúde, Sandra Fagundes, salienta que neste modelo, o hospital complementará os serviços prestados pelo Husm e será uma referência em alta complexidade.
A discussão em relação à gestão do regional foi motivo de embate político entre o governo de Tarso Genro (PT) e do eleito José Ivo Sartori (PMDB). Capitaneado pelo deputado federal Osmar Terra (PMDB) e pelos prefeitos da AMCentro, entidade que reúne 32 municípios da região, o grupo vinculado a Sartori questionou o contrato. Do outro lado, representantes do Husm, da Ebserh e da secretaria de Saúde justificavam a escolha.
O reitor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Paulo Burmann, que apoia este contrato, salientou que a assinatura agiliza a conclusão da obra:
_ A saúde não pode esperar.
Doação poderia ser entrave
Uma das principais barreiras para a consolidação do contrato era uma cláusula que exigia que toda a área e estrutura do novo hospital fosse repassada para o governo federal. Para fazer a doação de qualquer bem público ao Estado havia a necessidade de aprovação da maioria na Assembleia Legislativa.
Para evitar uma queda de braço no parlamento, o Estado optou por ceder a área à União, ato que depende apenas de um decreto do governador.
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